domingo, 9 de julho de 2017

TuAkAzA, Maison d´Hôtes, Rio de Janeiro, Brasil



Um pequeno oásis em meio à Mata Atlântica de onde se desvenda um cenário indevassável.
Prainha, sempre um cantinho sossegado.

O jovem empresário Matteo Chagas Freitas resolveu transformar a magnífica residencia da família nas Canoas em uma “casa de hóspedes” de apenas 5 suítes, afim de propiciar a outros poucos privilegiados a oportunidade de desfrutar não apenas de uma paisagem deslumbrante, mas também de um cantinho abençoado em pleno Rio de Janeiro. A casa, que leva a respeitada assinatura de Zanine, tem uma estrutura toda baseada em material de demolição, dormentes e madeira aparente. Muitos dos cômodos são em desníveis , e esta divisão cria privacidade além de  tornar cada cantinho especial. Uma cachoeira natural gerou duas piscinas harmonizadas com o cenário indevassável da praia de São Conrado, o Morro Dois Irmãos e a Mata Atlântica. Além disso, os hóspedes podem relaxar sentados nas mesinhas do bar que se estende para um terraço. As suítes merecem uma menção honrada: espaçosas – pelo menos 40 metros quadrados – ventiladas, ar condicionado, cheias de armários, varanda com vista, camas maleáveis com controle elétrico, amplos banheiros com hidro e confortáveis sofás diante de LCD´s. Para quem gosta de ser rodeado pela natureza, este guesthouse é o endereço perfeito para se jogar as amarras.

Praia da Barra da Tijuca
Que o bairro de São Conrado é uma passagem, todo mundo está de acordo. Mas, passagem que agora conta com menos trânsito graças ao metrô. Assim sendo, você se hospedando na Maison d´Hôtes  é estratégico, pois já está a salvo dos congestionamentos que desembocam da Zona Sul . Também você só está a  poucos quilômetros das (únicas)praias limpas do Rio, que são justamente as praias da Barra, Macumba, Prainha e Grumari. Durante a semana, elas ficam praticamente vazias , principalmente no inverno. E, como vivemos num eterno clima tropical , isso garante um sol causticante e céu azul, e permite curtir o dia jiboiando na areia.

Praia da Macumba

chegar na Prainha é sempre um prazer
A Barra da Tijuca e a longa praia
 Só a "viagem" até a Macumba e Prainha valem pela paisagem e o cenário lírico que se desprende da mata virgem  nesta região preservada. A infra estrutura da Barra e do Recreio dos Bandeirantes também oferece inúmeros barzinhos e restaurantes, além das barracas de praia que hoje em dia se transformaram numa excelente opção para almoçar e até jantar al fresco sem deixar a sua conta corrente no vermelho.

A vista da pousada é de tirar o fôlego.

sábado, 1 de julho de 2017

Llao Llao Hotel & Resort, San Carlos de Bariloche, Argentina


Um espetáculo original, para qualquer idade, o Mil Millas se realiza anualmente em San Carlos de Bariloche em novembro

                                                  
Apesar da chuva que caía sem cessar no final daquela tarde de sábado, uma pequena e animada multidão se aglomerava na frente do imponente hotel Llao Llao, em Bariloche. O clima era de festa: encerrava-se a l ´Aventura V, um rallye de carros antigos que  realiza  um circuito nestas latitudes patagônicas. Sempre na segunda semana de novembro ( 8-12 em 2017), este evento de âmbito internacional, mais alardeado como o Mil Millas Sport ou Mille Miglia ( numa clonagem proposital à tradicional prova que acontece anualmente no mês de maio na Itália) reúne participantes de vários países – inclusive do Brasil- que vêm disputar a competição munidos de suas maravilhosas máquinas antigas. Lépidas e faiscantes, surgem e ressurgem a cada ano relíquias fantásticas, desde uma Studebaker “Baquet” , de 1921, a uma Ferrari 365 GTB 4 de 1969, passando por vários modelos de Jaguar, Mercedes, Morgan, Alfa Romeo, Austin Healey e até de marcas pouco conhecidas como Lea Francis ou Institec.


O mítico Llao Llao, membro da cadeia Leading Hotels of the World e cartão postal de Bariloche
São cerca de 250 automóveis antigos, fabricados no início do século até o final da década de 60, que compartilham o imenso estacionamento do Llao Llao durante os cinco dias em que dura a prova. Emoldurados pelas águas esmeraldas do Lago Moreno e uma cordilheira de montanhas com picos nevados, estes tesouros sobre rodas formam um cenário cinematográfico.


Paisagem fantástica ornamenta a prova 




Para os espectadores, a impressão é que o tempo voltou atrás: não apenas os carros são relíquias do passado como os protagonistas – na maioria os orgulhosos proprietários dublês de piloto – que fazem questão de vestir-se a caráter, com a devida indumentária típica de meados do século. Não é raro cruzar com uma equipe trajando aqueles óculos de aviador, luvas, boné com tapa orelhas além de longas capas de couro. Além do Studebaker Baquet 1921 e outro de 1924, havia um Vauxhall  20/60 de 1926, um Bentley 4 ½ de 1928 e outro 1929.  



E os participantes são divididos em categorias. Há marcas históricas como a Alfa Romeo e Mercedes Benz, dois gigantes que venciam continuamente o circuito original do Mille Miglie Storica de Brescia até o início da Segunda Guerra Mundial.  Depois de 1957, a liderança passou a ser dividida com a Jaguar, a Ferrari e a Maserati. A prova ainda contou com outros tesouros sobre rodas, como  MG, Morgan, Singer, SS, Sunbeam, Torino, Delage, Cobra, BMW, Aston Martin, Volvo, Lea y Francis, Triumph e Bentley. 

 
Embora o ambiente do L’Avventura em Bariloche sempre tende a ser muito mais descontraído do que competitivo, o regulamento do rallye é bastante severo e a rotina é puxada. São 1.600 quilômetros a serem percorridos em três dias, ou seja, mais de 500 quilômetros por dia em terrenos variados.




 Considerando a fragilidade da maioria dos veículos, isto exige cautela - e destreza -  da parte dos pilotos. A jornada começa pontualmente às 7:30 da manhã e termina em torno das 18:30. São quase doze horas de duração, cumprindo um trecho diferente a cada dia.  Pelo caminho, os pilotos se submetem a vários check points. Conta pontos a regularidade muito mais do que a velocidade. Durante as três etapas, o ponto de partida e de chegada é invariavelmente o hotel Llao Llao e o itinerário abrange El Bolsón, El Hoyo e Esquiel; San Carlos de Bariloche, San Martin de Los Andes, Confluencia, Villa Traful, Villa La Angostura, Paso Cardenal Samoré e ainda incluiu um almoço em Termas de Puyhehue, no lado chileno.