Numa pequena faixa do litoral alagoano, na divisa de
Alagoas com Pernambuco, existe um minúsculo município chamado Porto de Pedras,
cercado de água por – quase – todos os lados: três quilômetros ao sul, fica o
rio Tatuamunha; e, 5
quilômetros ao norte, o Manguaba; e, ao leste, a praia
deserta e a imensidão de um mar
tranqüilo que desliza para cima e para baixo conforme os caprichos da maré.
Para emoldurar este trecho paradisíaco, um denso coqueiral que se mexe ao sabor da brisa, presença tão constante nesta região quanto os pescadores que das águas tépidas ainda tiram o seu sustento.
Para emoldurar este trecho paradisíaco, um denso coqueiral que se mexe ao sabor da brisa, presença tão constante nesta região quanto os pescadores que das águas tépidas ainda tiram o seu sustento.
Embora seja um vizinho muito próximo das comunidades
de São Miguel dos Milagres e Japaratinga, Porto de Pedras é muito mais
preservado graças às suas fronteiras naturais. Curiosamente, apesar de ter
apenas 8 quilômetros
de extensão, há vários nomes para os trechos de sua única praia: Laje, Gibaba,
Tatuamunha e Pataxo. Nesta última se formam lindas piscinas naturais durante a
maré baixa. Aliás, uma das características de Porto de Pedras é que tudo se
decide ao ritmo das marés, ou seja, é conforme os caprichos da natureza que são
agendados os programas turísticos.
Entretanto, quem tem o privilégio de vir passar férias ou alguns dias de lazer neste oásis alagoano se adapta rapidamente a esta filosofia de vida e aprende a seguir um calendário totalmente diferente do resto da civilização. Caminhadas, cavalgadas, passeios de jangada e até as travessias de balsa são regidas pelas oscilações do mar.
Entretanto, quem tem o privilégio de vir passar férias ou alguns dias de lazer neste oásis alagoano se adapta rapidamente a esta filosofia de vida e aprende a seguir um calendário totalmente diferente do resto da civilização. Caminhadas, cavalgadas, passeios de jangada e até as travessias de balsa são regidas pelas oscilações do mar.
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Cavalgada na praia, um programa bem relaxante |
Porém, rapidamente descobre-se que o maior dilema do
turista é justamente não saber o que escolher para melhor relaxar. Muitos não
querem sequer sair da rede da varanda da sua charmosa maloca ou da espreguiçadeira à beira da piscina. Uma das mordomias da pousada Aldeia Beijupirá é não estabelecer horário para o café da
manhã! Ou seja, só a idéia de acordar na hora em que bem entender já faz parte
do luxo.
Aliás, esta refeição pode assumir uma importância gastronômica da maior qualidade: um farto cardápio com direito a frutas frescas, bijú,(especialidade nordestina à base de mandioca frita), panquecas, pão de queijo, pasteis de Belém, pão caseiro e até iguarias como ovo de codorna estrelado com bacon – eventualmente, se por ventura não saciar o voraz apetite matinal, pelo menos agrada aos que se deleitam com os olhos ao invés do paladar!
No verão o calor nunca chega a sufocar, pois há sempre uma leve brisa soprando. Nos meses de inverno, nunca faz frio. E, embora possa começar a chover do nada, como se alguma nuvem tivesse estacionado naquelas bandas por alguns minutos, vai se tratar de uma pancada, aquela chuva grossa que lava da alma ao jardim.
Nem é preciso ficar pessimista: em questão de minutos, o sol reaparece no céu despojado e azul. Uma coisa é garantida: após os dois primeiros dias em Porto de Pedras, rebobina-se a energia ao ritmo do espírito nordestino e fica-se imbuído do tal ico aré – que na língua tupi –guarani significa não fazer nada e traduz ao pé da letra a filosofia local. Difícil? Pois experimente.
Aliás, esta refeição pode assumir uma importância gastronômica da maior qualidade: um farto cardápio com direito a frutas frescas, bijú,(especialidade nordestina à base de mandioca frita), panquecas, pão de queijo, pasteis de Belém, pão caseiro e até iguarias como ovo de codorna estrelado com bacon – eventualmente, se por ventura não saciar o voraz apetite matinal, pelo menos agrada aos que se deleitam com os olhos ao invés do paladar!
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Uma rede com vista na varanda da pousada |
No verão o calor nunca chega a sufocar, pois há sempre uma leve brisa soprando. Nos meses de inverno, nunca faz frio. E, embora possa começar a chover do nada, como se alguma nuvem tivesse estacionado naquelas bandas por alguns minutos, vai se tratar de uma pancada, aquela chuva grossa que lava da alma ao jardim.
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catado de carne de sirí, uma especialidade da reputada cozinha do Beijupirá |
Nem é preciso ficar pessimista: em questão de minutos, o sol reaparece no céu despojado e azul. Uma coisa é garantida: após os dois primeiros dias em Porto de Pedras, rebobina-se a energia ao ritmo do espírito nordestino e fica-se imbuído do tal ico aré – que na língua tupi –guarani significa não fazer nada e traduz ao pé da letra a filosofia local. Difícil? Pois experimente.
O paraiso na terra Posso testemunhar pois ali fiz varias estadias para retemperar forças e juro que 15 dias sem fazer absolutamente nada senão gozar o acolhimento que nos é dispensado pelo simpatiquissimo e eficiente pessoal e pelos proprietários de quem nos tornamos obrigatóriamente amigos, é impar.
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