sábado, 30 de janeiro de 2016

Quinta Casa Velha do Palheiro, Ilha da Madeira, Portugal

Paraíso dos golfistas, a Ilha da Madeira oferece várias opções de campos, muitos deles com vista deslumbrante sobre o mar. 


Nesta pequena ilha do Atlântico, a 500 km da costa africana e a pouco mais de uma hora de vôo de Lisboa, não faltam opções de lazer, eventos culturais e esportivos além de um leque de atividades ao ar livre para os mais diversos gostos, como jogar golfe olhando para o mar, nadar ao lado de golfinhos e voar de balão. Acredite:  na ilha da Madeira tem até Carnaval,  com samba e desfiles, e - anote aí, caso ainda não tenha se decidido sobre o que fazer no Reveillon! -  uma das festas de final de ano mais reverenciada do mundo.
Paisagens drásticas e temperaturas contrastantes

 Na década de 20, várias companhias de navegação mantinham seus vapores ziguezagueando entre a Grã-Bretanha e a ilha onde “reina a eterna primavera o ano inteiro”. A bordo, centenas de visitantes enfrentavam a longa travessia atraídos por muitas outras vantagens além do tempo bom, como diversão e mordomia a custo baixo. Contemplados com um câmbio favorável de 20 escudos para cada libra, a Madeira era uma escolha barata.  

Camera dos Lobos, porto pitoresco a apenas poucos minutos de Funchal, a capital.

Além disso, a capital pós-guerra é uma cidade feliz, exuberante e florida, cosmopolita. De tão frequentada por estrangeiros ricos, na ilha se fala o inglês e o francês tanto quanto o português, e estes turistas se esbaldam nos grandes hotéis, nas lojas de luxo e no casino, onde as apostas são altíssimas. 

Casa Velha do Palheiro: endereço clássico e sofisticado

Um dos estabelecimentos mais charmoso é o bicentenário Quinta Casa Velha do Palheiro, que pertence à cadeia Relais & Châteaux e é o endereço cobiçado pelos adeptos de golfe, cujo campo se encontra praticamente aos pés do belo jardim privativo. São apenas 32 suítes, emolduradas por uma decoração de bom gosto e privacidade total. 
Endereço histórico, foi o primeiro hotel da ilha e está situado a 500 metros acima do nível do mar. Ali, até mesmo a temperatura é muito mais agradável do que à beira-mar. Perfeito, aliás, pra quem foge do calor na hora de dar as suas tacadas.


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Madeira é brindada por um sistema viário impecável, a “ rápida” , que desafogou todo o transito da estrada de mão dupla que os madeirenses chamam hoje de “antiga”  -  mas que é  cênica, com traçado curvilíneo que serpenteia a ilha de norte a sul e de leste a oeste. Os visitantes devem ignorar a “rápida” e circundar a ilha de ponta a ponta  pela “ antiga”.




Para quem tem pouco tempo, uma fugida até Câmara de Lobos é a melhor opção. Situado somente a uma dezena de quilômetros do centro de Funchal, é um pequeno porto extremamente pitoresco, onde paira um ar de nostalgia. O lugar abriga barcos de pesca coloridos, uma enseada calma, ruelas estreitas e construções autênticas. O cais é pequeno e os sobrados bem conservados. Durante a hora do almoço, ou antes do jantar, muita gente fica por ali, vendo a vida passar. Mas é na  praça que os homens – só homens, pois não há mulher nos arredores do porto! – se dedicam ao passatempo predileto: jogar cartas.
 
Estrada antiga, que merece ser explorada para rodar a ilha

A ilha é também um reduto atraente para golfistas. Madeira tem um clima temperado e o número de jogadores ainda é escasso. No entanto, sedia há 16 anos o Madeira Island Open, uma competição faz parte do European Tour. Até 2011, a Ilha da Madeira, junto com o Porto Santo, terão seis campos de golfe. Os campos encantam os esportistas, que podem jogar contemplando o Atlântico a cerca de 500 metros acima do nível do mar e a apenas dez minutos do centro de Funchal.  Com aguaplantas por todos os lados, floreando os circuitos, além da beleza natural, é’ como jogar dentro de um jardim botânico. 





A fajã  dos Frades
·         A fajã  (falésia) deve seu nome aos frades que, entre os séculos 16 e 18, eram despachados para aquela praia como castigo. Os pecadores (ninguém soube dizer quais eram os seus pecados) ficavam completamente exilados e não tinham saída..
Essa ilha - onde o carnaval dura cinco dias, onde a noite de Réveillon é reputada mundo afora, onde o clima é camarada o ano inteiro - não difere muito de algumas cidades do Brasil. Até mesmo o bolo de caco é igual ao nosso pão de alho assim como a poncha, um drinque à base de cachaça, leva ingredientes idênticos aos da nossa batida de limão. 
Bolo de caco


No entanto, a Ilha da Madeira tem tudo isso e muito mais. Do festival de caminhada em janeiro ao festival de Columbus em setembro, passando pelo famoso torneio de golfe em março, o festival de flores na Páscoa, o Tour de Madeira em carros clássicos em junho; e entre eventos internacionalmente conhecidos como o festival de Jazz em julho, o rally de vinho em agosto, há lazer suficiente para atrair visitantes de todos os gostos. Hoje, se fôssemos listar todas as atrações que existem na ilha, não caberiam nas dimensões daquele pôster que retrata o seu passado glorioso. A boa noticia é que, se por um lado a Madeira manteve intacta a sua requintada hospitalidade de outrora, por outro oferece muito mais diversão do que no passado. 

um dos muitos campos de golfe com vista para o mar


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