quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Kenoa Exclusive Beach & Spa Resort, Barra de São Miguel,Alagoas

Vista panorâmica sobre  região de São Miguel

Raro é o adjetivo usado pelo The Design Hotels Magazine para descrever este resort praticamente fincado dentro do mar, na beira de uma das praias mais lindas do litoral alagoano. A longa e larga faixa de areia da Barra de São Miguel fica a apenas 70 quilômetros da capital Maceió, mas para quem se hospeda no Kenoa Resort a impressão é de que estamos longe da civilização.


As piscinas naturais que se formam na maré baixa  e são protegidas pela barreira de corais, próximas à vila de Barra de São Miguel.



E que temos, pelo menos, cinco quilômetros de praia deserta só para nós. O banho de mar, mais convidativo no verão, varia conforme os caprichos da maré, que na alta pode demonstrar o seu potencial com ondas revoltas – em alguns trechos, é preciso ter cautela, pois existe correnteza.


No entanto, basta caminhar um pouco em direção à vila para mergulhar nas piscinas naturais


emolduradas pelos arrecifes e corais. E´ por ali também que se encontram os barzinhos para se tomar uma cerveja gelada e comer camarãozinho e macaxeira frita. Depois, perambular pelas lojinhas que vendem artesanato regional, como trabalhos manuais com renda.
As renderas são tão famosas quanto as artesãs que trabalham a palha com afinco,confeccionando cestos, baixelas, caixas, bandejas, porta copos e muitos outros objetos decorativos . Bem em conta, impossível voltar pra casa de mãos vazias. Tem um centrinho de artesanato na vila e também próximo na Praia do Gunga, muito agradável para se banhar em águas mais mansas.
Fique alerta pois tem dias que o mar fica bastante agitado e é muito arriscado nadar.  E´ fundamental chegar até o vilarejo pra encontrar um recanto protegido.
artesã confecciona um descanso de mesa


A primeira vez que estive em Barra de São Miguel foi nos anos 90, quando a vila consistia em pouco mais que meia duzia de casinhas de pescadores. 
Hoje o progresso chegou, e embora dá pra sentir os efeitos, ainda existe a pacata atmosfera do lugar. No entanto, sempre é bom evitar o final do ano e tentar visitar durante a baixa estação. Afinal, em Alagoas só existem duas estações : o verão e o verão. Ou seja, praticamente não há mau tempo no estado de Alagoas.
Privacidade e luxo são os atributos deste resort, encravado pé-na-areia diante de uma extensa praia

Mas, tão logo você saciou a sua curiosidade, vai querer voltar para o ambiente mágico do Kenoa, onde tanto dá para se aboletar no conforto de sua villa com piscina privativa ou no amplo jardim salpicado por imensos almofadões brancos jogados no gramado, entre caramanchões e duas piscinas de fundo infinito.

Este hotel é ao mesmo tempo um oásis e um refúgio, protegido naturalmente por uma localização privilegiada, ladeado por vegetação nativa, muito verde e uma vista indevassável sobre o mar e a praia. O spa é um destaque, e oferece um cardápio tentador de massagens e tratamentos corporais e faciais.  Mas são os pequenos detalhes que surpreendem: é um espetinho de frutas frescas ou brigadeiros aninhados no frigobar, é o capricho como são apresentadas  as guloseimas ou a louça utilizada para servir qualquer das iguarias oferecidas no restaurante. O hóspede precisa ser agradado a qualquer custo.


Até mesmo a maneira  como os guardanapos são retorcidos é criativa, assim como o jeito de expor os bolos caseiros no café da manhã. Tudo – desde as tábuas que ganharam vida nova ao se transformarem em espreguiçadeiras até o material utilizado para construir o resort -  é ecologicamente correto, de bom gosto e de uma simplicidade incrível, o que , paradoxalmente,  adquire  uma áurea de  sofisticação .  


Espaços para ler e descansar à parte, é recomendável sacudir a preguiça com  mergulhos nos arrecifes, fazer caminhadas pela redondeza para tomar banho em cachoeiras, ou passeio até um criatório de ostras na Lagoa do Roteiro, ou passar algumas horas na Praia do Gunga, a pouco menos de meia hora de distancia, para explorar aquela praia deserta de quadriciclo – que pode ser alugado in loco com facilidade.  E, se você dispõe de mais tempo, não perca a oportunidade de fazer um longo passeio de buggy até a Foz do Rio São Francisco. E´ longo, sim, mas imperdível.

  

sábado, 24 de setembro de 2016

Hotelito Lupaia, Torrita di Siena, Itália

Paisagem toscana tem seu encanto em cada colina, cada vilarejo e a cada curva
Setembro é um mês mágico na Toscana. As cores estão no auge, a temperatura é uma carícia para todos os sentidos, o aroma que se desprende dos vinhedos e da terra traz uma paz de espírito indescritível. Saindo de Florença , depois de algumas dezenas de quilômetros,  a região vai surgindo atrás dos montes e colinas e aos poucos você estará imbuído pela essência toscana.
A lista dos vilarejos que pontilham o itinerário é infinita. Dá pra passear por vários no mesmo dia ou passar vários dias no mesmo lugar. O tempo não é empecilho, apenas a falta dele. Cada vez que vou pra Toscana , descubro recantos novos, relembro de detalhes que me encantaram, me deixo levar pela memória do passado. E tenho o ímpeto de querer conhecer cada vez mais, me adaptar aos costumes locais e até mesmo permanecer por um bom período por lá.

Ciclistas aproveitam para explorar as strade bianche onde quase não passa carro nem gente

E como sabem receber os visitantes, esse povo simpático, acolhedor, falante, que interage com a gente nas ruelas estreitas, nos restaurantes, nas lojinhas... Nomes sonoros como Montepulciano, Montalcino, Montefollonico e muitos outros soam como melodia aos meus ouvidos. São os vilarejos que ornamentam a topografia deste pedacinho ( ou pedação!) da Itália.
Numa revista descobri um hotelzinho chamado Lupaia, um achado entre muitos outros que se espalham por todos os lados. Meu instinto me dizia que era uma boa escolha.

Montepulciano
Nem hesitei e foi um daqueles achados que você dá pulinhos de alegria quando chega na porta...Muito embora a gente tenha se estressado um bocado pra descobrir o esconderijo.
O jardim privado, e diante dos olhos muito cenário verde!
Veja bem, é muito comum você se perder na Toscana. Porque a Itália não é campeã de sinalização e nem sempre o gps cumpre o seu papel. Acaba que você entra em estradinhas de terra, que aqui eles chamam de strada bianca, e vai indo e indo até chegar numa fazenda ou num beco sem saída.


O Hotelito Lupaia, que fica em Torrita de Siena, está na realidade a quilômetros-luz de Siena. Pra chegar, recomendo se planejar pra ser  de dia, porque o risco de se perder pela estrada sinuosa e sem iluminação,  é grande. Aconteceu com a gente. Mas, olha só a recompensa...Olha o quarto que escolhi, com essa decoração...Foi muito bom! O chuveiro atrás daquela cortina azul, espaço pra dar e vender...Só precisava ter cuidado com o degrau.
Soube que o hotel está com novos proprietários porque uma amiga foi pra lá e se deliciou também com o ambiente, o bom gosto, a privacidade, enfim, com o cenário em geral. Pretendo voltar um dia...


Cama de fazer príncipe??

Programa imperdível é caminhar diariamente pelas tais strade bianche, ladeadas por vinhedos e algumas casas, fazendolas e pastos. E ainda com a possibilidade de se deparar diante de uma paisagem como esta abaixo, que parece areia mas nada mais é do que terra revirada pronta pra ser arada. No meio do verde, e vista de longe, o efeito ótico é formidável...



A strade bianca serpenteia entre campos e arados

Catando as azeitonas














Nos campos em volta, sempre muito bem cuidados,
há muito o que observar, como os campesinos catando as azeitonas das oliveiras centenárias. Os vilarejos, um must,  que você deve explorar mesmo a pé, ficar pra almoçar ou jantar, são tão pitorescos que é impossível comparar um com o outro, pois cada um merece elogios e tem suas características próprias.

Banhado por uma inusitada luz âmbar que banha os relevos da natureza, a Toscana se transforma num quadro de indescritível beleza. A paisagem hipnotiza o visitante em qualquer época do ano. Nos meses de inverno faz frio, mas não é aquele frio de rachar. De inconveniente, há ventos fortes, mas pouca chuva, e o sol é suave nos dias claros. 

No outono, aquelas hordas de turistas demandantes já se dissiparam, o que permite aos visitantes tardios uma exploração mais prazerosa pelas cidadezinhas desafogadas. Sem contar que já não é preciso fazer reservas (ou fila !) nos restaurantes, e os garçons dispensam muito mais atenção aos clientes.

As paradas são floreadas com bastante atividades. Come-se, bebe-se e caminha-se pelas ruelas onde, em geral, os automóveis são proibidos. Na Cantina  Il Cantuccio (Via del Cantine, que fica na Piazza Grande) em Montepulciano, a recomendação é pedir uma garrafa de Vino Nobile di Montepulciano e vale a pena provar uma grappa  (uma aguardente que é tomada após as refeições). Almoçar uma pizza e beliscar um prosciutto  (presunto) feito de carne de javali pode substituir um prato de spagetthi. E, como sobremesa, ou a qualquer hora, nada como se fartar com os deliciosos sorvetes  italianos. Sabor não se discute, mas o de nocciola (avelã)- pronuncia-se nó-ti-óla - é inimitável. Por outro lado, o que não falta são butiques para quem gosta de fazer compras. E  até os menos consumistas vão sentir prazer em percorrer as ruas apreciando os belos trabalhos em cerâmica expostos nas vitrines das lojinhas de artesanato.




 Aliado à calmaria, é no tráfego que se sente a maior diferença: ao invés da correição de automóveis que se contorce por quilômetros a fio nas estradinhas sinuosas, já é possível transitar vagarosamente de alto a baixo das colinas sem ter alguém colado no seu pára-choque. Outubro traz as colheitas, ou a vendemmia. E também  as amoras que crescem à beira dos campos e em todo lugar. Os funghi (cogumelos) também proliferam nos bosques – mas nem cogite em ir catá-los, pois é preciso sapiência para evitar os venenosos.  


Parece uma imagem surreal , mas é a luminosidade que contribui para dar este efeito à terra arada








terça-feira, 20 de setembro de 2016

Fairmont Tremblant, Mont Tremblant, Canadá

Vista panoramica de Mont Tremblant
Mont Tremblant é um resort de esqui localizado na região montanhosa Laurentiana, a apenas 130 quilômetros de Montreal. Acessível em menos de duas horas por uma auto-estrada impecável, até mesmo no inverno, é um dos destinos mais encantadores da província do Quebec. 


vilarejo pedestre, parece que você está no mundo da fantasia


O Fairmont Tremblant, ao fundo, fica imponente, ao pé das pistas. Ski-in, ski-out

Além do charme do vilarejo exclusivamente pedestre, com atrações próprias e boa infra-estrutura local, existem nas redondezas inúmeras opções de lazer e recreação ao ar livre muito além do esqui e do snowboard. Ou seja, é uma boa noticia para quem quer curtir a neve praticando atividades diversificadas - sob temperaturas (muuuuuuuuuuito) abaixo de zero.  
Há inúmeras opções de hospedagem no vilarejo, e pra todos os bolsos. Já fiquei em alguns, mas o melhor, principalmente quem está com crianças, é o Fairmont. Ski-in, ski-out, não vai dar trabalho pois basta calçar os esquis no pé da pista, saindo e entrando diretamente no hotel. E´ bem luxuoso, com piscina ao ar livre, o café da manhã é fabuloso e copioso ( não deixe de incluir na diária!) e as suítes costumam ser generosas em tamanho. Consiga uma family type que você será bem servido. Cabe todo mundo! Mas, reserve agora se está pensando em passar o final do ano, pois lota rapidinho nesta época. Se conseguir viajar fora da temporada de férias escolares, melhor ainda pois os preços baixam e tem menos fila no skilift. Por outro lado, sempre se pode optar por passeios de snowmobile, pois é um programa único que raramente encontra parâmetro em resort nenhum do mundo.



             

Passar algumas horas pilotando uma motoneige – que é como os canadenses chamam o snowmobile, ou seja, o jet-ski que anda na neve - pode ser um programa alternativo extremamente divertido e emocionante para quem está de férias numa estação de inverno. E apesar de ser um esporte que exige um pouco de destreza do piloto, pode ser experimentado por qualquer pessoa. Uma opção, principalmente para os menores de 16 anos, é ir de carona, pois estas possantes máquinas são feitas para dois passageiros.


De qualquer forma, a motoneige não oferece nenhum perigo maior se o piloto seguir atentamente as instruções dadas pelo guia. Em todos os passeios, a saída é precedida por uma breve instrução para demonstrar como dar a partida, acelerar, frear e falar um pouco do funcionamento básico da máquina. O guia orienta até sobre a postura correta do corpo e de como interpretar os sinais que ele costuma fazer com a mão esquerda durante o percurso. 

Um polegar para cima vai transmitir que está tudo bem; a mão erguida é uma ordem para parar e assim por diante. Quem é fanático por emoções fortes vai certamente se deliciar com o brinquedinho, com o qual poderia atingir até 110 km/hora. Preste atenção: poderia, mas não pode, porque a lei  não permite ultrapassar a marca dos 70 km/hora. E, acredite, ninguém arrisca: primeiro, porque o condutor infrator pode até ser multado por policiais que fazem, sim, rondas nos trechos de maior incidência de risco. E, depois, com a quantidade de cervos que habitam a floresta, e volta e meia atravessam bem na sua frente, é melhor ser prudente. E, vamos combinar, deslizar na neve a 70 km/hora já traz uma sensação insólita, pois a impressão é que estamos prestes a decolar!


A diversidade das atividades ao ar livre atrai todo tipo de desportistas

Queijo de raclette servido em restaurante
Só na província do Quebec, são mais de 33 mil quilômetros de trilhas balizadas (preparadas), cobrindo os terrenos mais diversificados.  De trechos sinuosos que serpenteiam por dentro das florestas a longas retas ( que se tornam uma verdadeira tentação para quem gosta de andar acelerado ), há itinerários variados traçados em volta ou por cima de lagos ou planícies congelados, onde todo cenário é um verdadeiro paraíso a céu aberto.




Estes tours são oferecidos por empresas locais que montaram excursões diversificadas, para atender a todos os gostos. Os programas mais procurados são roteiros de uma a quatro horas, mas, para os mais ousados, existem circuitos com vários dias de duração, durante os quais se pernoita cada vez num hotelzinho diferente. Também introduziram passeios noturnos em noite de lua cheia, o que acrescenta um toque romântico à aventura, não é mesmo? E com a certeza de que a indumentária usada para se proteger do frio é mesmo à prova de temperaturas abaixo de zero!  


E falando em enganar o frio, é bom se precaver, pois mesmo com sol a pino, a temperatura estará invariavelmente abaixo de zero e é preciso ficar atento para estar sempre bem agasalhado. As empresas fornecem espessos macacões impermeáveis, capacetes, luvas e botas especiais. As máquinas têm um sistema de aquecimento regulável nas manetas, mas mesmo assim, é aconselhável colocar dois pares de luvas e levar consigo aqueles saquinhos “aquecedores” de mão, que podem ser comprados em qualquer loja na região. Colocados em contato com o corpo, produzem um calor reconfortante em alguns minutos e são ideais nos momentos críticos. Devidamente trajados com  todos estes apetrechos, as pessoas se tornam quase irreconhecíveis, e ficam mesmo parecidos com astronautas.

Em geral, os grupos são formados por quatro ou seis máquinas e um guia. Ele lidera, e faz paradas freqüentes,  seja para mostrar a paisagem, apontar um cervo na mata ou verificar se está tudo correndo bem.  Em trechos considerados críticos, como um cruzamento, o guia determina com sinais qual é o ritmo a ser seguido e orienta para todos formarem uma fila indiana. Às vezes o pit-stop é em algum mirante ou local que tenha uma história a ser narrada. Pode ser um trecho à beira do rio, onde ele viu despencar um animal ou algum buraco onde um de seus clientes conseguiu a proeza de encalhar a motoneige.



Contando com a parada para um chocolate quente, percorre-se em média 100 quilômetros durante um passeio convencional de três horas de duração. Outra opção é fazer um passeio independente, sem guia, pois as pistas são muito bem sinalizadas. Neste caso, basta alugar a máquina nas próprias operadoras ou em um dos inúmeros locais especializados. Sai mais em conta, mas em contrapartida é fundamental saber se orientar pelos mapas. Em meio ao cenário todo branco e feérico, é comum perder a noção da distancia e a referência. Este programa deve ser reservado apenas para quem já tem uma boa dose de experiencia.



sábado, 17 de setembro de 2016

Pousada do Sandi, Paraty, Rio de Janeiro

Uma das minhas imagens prediletas de Paraty

A cada vez que chego em Paraty repito: como é longe ( do Rio, é claro !!)  Mas, no mesmo fôlego, acrescento: é sempre lindo! E cada vez mais charmoso. Cansa chegar lá, sim, a estrada é bela porém cheia de radares ( não contei, mas só na 101 mais de 100! ) e lombadas a dar com o pé.
Desanima, é verdade, mas assim que você pisa naquelas pedras centenárias, esquece todo o perrengue. Mais engraçado ainda: dá vontade de ficar.

Cartão postal inigualável

Entendo as pessoas que chegaram pra visitar e nunca mais arredaram o pé. Brasileiros e gringos a rodo. Fincaram raízes e contribuíram para enaltecer a cidade mundo afora , louvando os seus encantos. Deram aos seus sobrados e casinhas coloridas vida própria, cada qual na sua criatividade, montando seu restaurante, um barzinho, um ateliê, uma pousada, uma butique. Ao longo das décadas, os  forasteiros sempre conviveram com a gente local, pacata população de caiçaras e pescadores. 

 Paraty é um palco eterno - sedia desde a famosa Flip a eventos culturais, passando por Encontro de Ceramistas a Maratona, a célebre Festa do Divino, do Festival da Cachaça à Folia Gastronômica. Durante estes períodos, a cidade se inunda tanto quanto as águas invasoras das marés. Não se consegue transitar a pé sem esbarrar em multidões.
Porém, Paraty não perde nunca o espírito descontraído. Nada de se preocupar com a indumentária, pois o clima é tropical e o espírito dos que chegam até lá também.
A maré alta traz água pra dentro da cidade e invade ruas inteiras



Você passeia a qualquer hora pelo centro histórico sem sobressalto, não existe solidão em Paraty. Basta querer pra iniciar um bate papo informal com qualquer pessoa, esteja ela sentada na soleira da sua casa ou simplesmente sentada numa mesinha de bar tomando uma cerveja. Uma torre de Babel onde todo mundo fica em harmonia. E´ curioso o efeito das correntes que reservam um espaço aos pedestres, charretes e cavalos. Deixam do lado de fora a realidade nua e crua das metrópoles. 

Isso é que me deixa fascinada por cidades coloniais, tombadas e preservadas. E´ como se ficassem blindadas, não mais à mercê da violência, da maldade urbana. Nunca que eu me atrevo a sair na rua com uma maquina fotográfica a tiracolo. Mas, em Paraty, seja lá a hora que for, não me sinto ameaçada. E a sensação que tenho é que todos se sentem assim.
Pousada do Sandi, imponente, chique e bem localizada.

E´  terra de rei, de príncipe. E´ terra de paisagens exuberantes, de praias desertas, de  efeitos lunares - é a maré  de sizigia, durante as luas cheia e nova, que invade impiedosamente as ruas de Paraty, inundando as que se encontram próximas ao cais. Mas quem se queixa? E´ a multiplicação dos reflexos, são os efeitos luminosos que tornam o cenário colonial ainda mais resplandescente.





Passeios de barco, explorar a redondeza, a beleza de Paraty Mirim, as ilhas em volta. Programa irresistível e obrigatório. De preferência, contrate o seu barquinho particular, e trace o seu roteiro personalizado. Dá pra curtir muito!


 Dentro da cidade, não faltam hospedagens para todos os bolsos. A Pousada do Sandi faz parte do Roteiros de Charme e a sua localização é perfeita. O sobrado é impecável, os ambientes aconchegantes e as suítes muito bem decoradas. Apesar de você estar em cheio no centro histórico, não há barulho e a privacidade é garantida. 

As suítes dão para a rua, ao lado da Igreja do Rosário e bem no burburinho.