sábado, 17 de setembro de 2016

Pousada do Sandi, Paraty, Rio de Janeiro

Uma das minhas imagens prediletas de Paraty

A cada vez que chego em Paraty repito: como é longe ( do Rio, é claro !!)  Mas, no mesmo fôlego, acrescento: é sempre lindo! E cada vez mais charmoso. Cansa chegar lá, sim, a estrada é bela porém cheia de radares ( não contei, mas só na 101 mais de 100! ) e lombadas a dar com o pé.
Desanima, é verdade, mas assim que você pisa naquelas pedras centenárias, esquece todo o perrengue. Mais engraçado ainda: dá vontade de ficar.

Cartão postal inigualável

Entendo as pessoas que chegaram pra visitar e nunca mais arredaram o pé. Brasileiros e gringos a rodo. Fincaram raízes e contribuíram para enaltecer a cidade mundo afora , louvando os seus encantos. Deram aos seus sobrados e casinhas coloridas vida própria, cada qual na sua criatividade, montando seu restaurante, um barzinho, um ateliê, uma pousada, uma butique. Ao longo das décadas, os  forasteiros sempre conviveram com a gente local, pacata população de caiçaras e pescadores. 

 Paraty é um palco eterno - sedia desde a famosa Flip a eventos culturais, passando por Encontro de Ceramistas a Maratona, a célebre Festa do Divino, do Festival da Cachaça à Folia Gastronômica. Durante estes períodos, a cidade se inunda tanto quanto as águas invasoras das marés. Não se consegue transitar a pé sem esbarrar em multidões.
Porém, Paraty não perde nunca o espírito descontraído. Nada de se preocupar com a indumentária, pois o clima é tropical e o espírito dos que chegam até lá também.
A maré alta traz água pra dentro da cidade e invade ruas inteiras



Você passeia a qualquer hora pelo centro histórico sem sobressalto, não existe solidão em Paraty. Basta querer pra iniciar um bate papo informal com qualquer pessoa, esteja ela sentada na soleira da sua casa ou simplesmente sentada numa mesinha de bar tomando uma cerveja. Uma torre de Babel onde todo mundo fica em harmonia. E´ curioso o efeito das correntes que reservam um espaço aos pedestres, charretes e cavalos. Deixam do lado de fora a realidade nua e crua das metrópoles. 

Isso é que me deixa fascinada por cidades coloniais, tombadas e preservadas. E´ como se ficassem blindadas, não mais à mercê da violência, da maldade urbana. Nunca que eu me atrevo a sair na rua com uma maquina fotográfica a tiracolo. Mas, em Paraty, seja lá a hora que for, não me sinto ameaçada. E a sensação que tenho é que todos se sentem assim.
Pousada do Sandi, imponente, chique e bem localizada.

E´  terra de rei, de príncipe. E´ terra de paisagens exuberantes, de praias desertas, de  efeitos lunares - é a maré  de sizigia, durante as luas cheia e nova, que invade impiedosamente as ruas de Paraty, inundando as que se encontram próximas ao cais. Mas quem se queixa? E´ a multiplicação dos reflexos, são os efeitos luminosos que tornam o cenário colonial ainda mais resplandescente.





Passeios de barco, explorar a redondeza, a beleza de Paraty Mirim, as ilhas em volta. Programa irresistível e obrigatório. De preferência, contrate o seu barquinho particular, e trace o seu roteiro personalizado. Dá pra curtir muito!


 Dentro da cidade, não faltam hospedagens para todos os bolsos. A Pousada do Sandi faz parte do Roteiros de Charme e a sua localização é perfeita. O sobrado é impecável, os ambientes aconchegantes e as suítes muito bem decoradas. Apesar de você estar em cheio no centro histórico, não há barulho e a privacidade é garantida. 

As suítes dão para a rua, ao lado da Igreja do Rosário e bem no burburinho. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário