Esta é uma viagem
para quem realmente quer ter uma experiência incomum, diferenciada. Já começa
pela bagagem, levando apenas o estrito necessário para uma vida no mar:
Roupa de banho, canga, shorts e camisetas,
sandália de dedo, boné e muito, muito,
muito protetor solar. Nada mais. Porque você vai sair do aeroporto de
Salvador, dirigir até a marina de Aratu
e, 20 minutos depois, será recepcionado pelo próprio capitão de um veleiro de 40 pés.
Após embarcar, o
rumo é zarpar para a bucólica Baía de Todos os Santos, seguindo um itinerário
personalizado, montado conforme o tempo disponível dos passageiros. Pernoitando
cada dia em um porto diferente, é um programa tão singelo quanto a rotina que
persiste nas 56 ilhas deste arquipélago baiano, que apesar de estar a poucas
milhas da civilização, não se deixou contaminar até hoje pelo ritmo borbulhante
da capital da Bahia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEircKpnk8_pgerkKsqjjSIwUCikmu9UJ8xo-FkxOR9AoJbVFW3Rra8_WaLcqNNt0AKG3YUbmShFkzNcsbxtVfwfHEBRavQ8b_RQfGzURpk0AkSboU4ikjZKgY6NRqA6NXMecyWG6tSpBLIi/s320/IMG_9823.JPG)
Casinhas coloridas em Itaparica |
Dormir num veleiro não é igual que dormir num hotel. E nem dá pra comparar. Mas a vida a bordo é simples, seguindo o compasso do relógio biológico inerente em cada
um de nós: acorda-se com os primeiros raios de sol, espreguiça-se olhando para o mar calmo e cristalino,
mergulha-se ainda antes do café da manhã – que é servido no convés, e depois é
só relaxar e se deixar levar pelo vento.
Entre uma velejada e outra, o capitão joga âncora em baias escondidas, escolhendo a dedo os mais atraentes trechos de areia branca, de preferência desertos, além de conhecer portinhos adormecidos. Um exemplo é a pequena ilha de Maré, que abriga apenas uma vila de pescadores sem qualquer vestígio turístico.
E´de praxe fazer uma parada estratégica para dar uma caminhada,
observar a rotina pacata dos moradores e terminar o passeio com um almoço surpreendente
no restaurante Preta, aberto há pouco mais de um ano. No mapa, consta também a
famosa ilha de Itaparica, que por mais badalada que seja, ainda mantém uma
atmosfera encantadora.
Ainda se joga dominó nas praças, os pescadores consertam seus barcos na praia, e moradores passam boa parte do tempo sentados diante de suas moradias olhando o movimento das ruas. Poucos carros transitam pela orla e durante a semana a vila parece estar adormecida. À noitinha, as pessoas se reúnem em volta de mesinhas de um bar próximo à marina. Outra parada estratégica é a singela cachoeirinha de Tororó, escondida na mata e que desagua na minúscula praia deserta da ilha de Matarandiba.
Entre uma velejada e outra, o capitão joga âncora em baias escondidas, escolhendo a dedo os mais atraentes trechos de areia branca, de preferência desertos, além de conhecer portinhos adormecidos. Um exemplo é a pequena ilha de Maré, que abriga apenas uma vila de pescadores sem qualquer vestígio turístico.
Prato exótico com influência asiática no Preta |
Ainda se joga dominó nas praças, os pescadores consertam seus barcos na praia, e moradores passam boa parte do tempo sentados diante de suas moradias olhando o movimento das ruas. Poucos carros transitam pela orla e durante a semana a vila parece estar adormecida. À noitinha, as pessoas se reúnem em volta de mesinhas de um bar próximo à marina. Outra parada estratégica é a singela cachoeirinha de Tororó, escondida na mata e que desagua na minúscula praia deserta da ilha de Matarandiba.
O passeio termina antes do anoitecer, e o pôr-do-sol é um momento sagrado para quem curte a vida no mar. Depois que o capitão escolhe um lugar abrigado do vento para ancorar, como a tranquila ilha do Cal, é de praxe brindar os últimos raios que se dissipam. E a magia continua por conta do jogo de luzes e cores mutantes que aos poucos vão tingindo a linha do horizonte. E`, a vida a bordo é mesmo uma caixinha de emoções. Dependendo das dimensões dos barcos (36,37 ou 40 pés), dá para acomodar entre 4 e 6 passageiros.
Então, na hora de escolher com quem você quer passar férias dividindo espaço numa embarcação, faça a seleção com foco nestas características. Mais do que ficar imbuído com o espírito de marinheiro, contemplando a magnífica paisagem ao redor, é conseguir manter harmonia na rotina do dia-a-dia.
Se animou? Então arrisque. A Bahia está sempre ai, e o ano inteiro é hora. Difícil depois é se habituar a dormir sem o sutil balanço do mar.
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