quarta-feira, 26 de abril de 2017

Hotel JL76, Amsterdam, Holanda



Os passeios de segway atravessam a cidade em poucas horas, faça chuva ou sol 



Em Roma,  como reza o ditado, faça como os romanos. E em Amsterdam, também.  Só que lá, o negócio é pedalar, driblando aquele enxame de bicicletas e pedestres, carros e bondes, circulando pelos canais estreitos e ruas movimentadas. Posso garantir que não é lá uma sensação muito reconfortante, pois os holandeses têm uma destreza atávica, que certamente não se estende aos antepassados de qualquer mortal. Nós somos ciclistas de final de semana ou de beira de praia. Por mais que eu tenha me esforçado a utilizar a magrela como meio de locomoção, eu jamais me senti relaxada ou "passeando no bosque". Sempre fico tensa, nunca sei pra que lado olhar e ainda tenho preguiça de trancar a bicicleta quando estaciono. 


Próximo ao Rikjsmuseum

 Pudera: lá, o povo pedala ao invés de dirigir carro, então não é como se estivessem fazendo exercício. Faz toda a diferença. E você vê nitidamente quando são turistas manejando a bicicleta, sempre se arriscando no fluxo e com isso arriscando o resto da humanidade ainda mais. 


Lobby do JL76 : cozy e íntimista
Mas, nada está perdido, você ainda pode curtir a cidade de outro jeito. Principalmente agora, primavera e tulipas mil...Durante uma de minhas últimas visitas à cidade, me hospedei próximo ao Museumplein, ( leia-se Van Gogh, Stedelijk e Rikjsmuseum ao alcance dos pés) num daqueles hotéis pequeninos com jeito de casa. O  JL76 ( sim, esse nome tipo sigla, que se refere ao nome da rua e o número do prédio!) é bem confortável, com as melhores suítes voltadas para um pátio e livres de qualquer ruído das ruas próximas. O lobby é aconchegante, com mobília colorida e alegremente decorado. O serviço atencioso é um ponto a mais. 


Já ouviu falar numa engenhoca chamada  Segway? Provavelmente já, ou pelo menos viu gente utilizando uma, seja num shopping center  ou aeroportos ( agentes de segurança costumam perambular com isso )  mundo afora.
E´ um meio de transporte individual e bem bolado, divertido e fácil de manejar. A única exigência é usar capacete, mas pelo andar da carruagem, tudo hoje em dia exige capacete...
E é uma super proteção, acredite. Já ouviu dizer que o Bush levou um tombo desta geringonça há décadas atrás? pois é, eu também, pois estava com uma máquina fotográfica na mão e outra no guidão. Não é pra me imitar. Até mesmo um iphone pode causar uma queda indesejável...



Rente aos canais, com precaução

Esta engenhoca, uma fusão entre um scooter e uma patinete, é apropriada para qualquer pessoa de 7 a 77 anos de idade. Impulsionado eletricamente e computadorizado, é, no mínimo, uma revolução no conceito de locomoção, pois imita o equilíbrio do corpo humano e obedece às suas nuanças, por mais sutis que sejam. Com uma simples inclinação, o condutor se movimenta para frente (e para trás também), e faz curvas para a esquerda e direita puxando, empurrando ou virando o guidão com um leve toque das mãos, para onde desejar. E, para frear, basta inclinar levemente o corpo para trás. No fundo, é como andar, só que o Segway tem rodas ao invés de pernas, motor ao invés de músculos e microprocessadores ao invés de cérebro. Fácil, né?  Então experimente fazer um passeio de duas horas pelos circuitos turísticos de Amsterdam de uma maneira bastante inusitada. 




Há várias empresas que oferecem passeios de segway, e os grupos são limitados. Sempre acompanha um guia que, antes de começar o itinerário, faz um treino -relâmpago para que qualquer um se familiarize com o equipamento. Não é preciso experiência prévia e nem é um programa muito oneroso. E a diversão é garantida.
Contudo, leve em conta de que durante os finais de semana as ruas de pedestres não comportam tantos meios de transporte e é recomendável escolher um horário matutino pra se locomover com mais agilidade pela cidade. 
Os segways não são restritos às bike lanes, e nem às calçadas, então transitam muitas vezes pelas ruas. Todo cuidado é pouco.

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