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Dolomitas : mais de 1200 quilometros de pistas interligadas e estação prolongada de esqui até final de abril |
Se tivesse que eleger apenas um
quesito para decidir onde passar uma semana inteira me deliciando com os
esportes de inverno, eu diria que vale o
tamanho da área esquiável. Daí, a região
de Val Gardena, situada entre o norte da Itália e o sul do Tirol,na Áustria, se
torna imbatível quando comparada com outros destinos na Europa. Além de se
destacar como o maior circuito de esqui do mundo – 1220 quilômetros de pistas
interligadas entre 12 zonas, é também reputada pelos atributos cênicos: o vale é emoldurado pela cadeia das montanhas Dolomitas,
por sua vez site da Unesco e Patrimônio
Mundial, e uma infindável variedade de paisagens estonteantes , capazes
de deixar qualquer de queixo caído.
Skiin, ski out é tudo de bom. Sair do lobby de seu hotel com as botas de esqui nos pés é o sonho de qualquer esquiador. Ser o primeiro a deslizar pelas pistas porque nenhum outro esquiador chegou também é um privilégio reservado a pouca gente. Mas, nem é tão difícil, basta escolher o hotel certo. Como o Piz Seteur, que descobri há alguns anos atrás, numa pequena nota numa revista de turismo. Este rifugio é na verdade um pequeno hotel-butique de luxo, empoleirado a 2064 metros de altitude , ao pé do pico mais iconizado das Dolomitas - o Sassolungo. A vantagem de se hospedar neste encantador chalé alpino de apenas 9 sofisticadas suítes (todas com vista sobre a deslumbrante cadeia de montanhas) é ser o primeiro a "abrir" as pistas, antes do restante dos esquiadores que sobem de Selva e outros vilarejos. E´ que para chegar até o hotel, só mesmo esquiando ou...de snowmobile. O serviço é irrepreensível , você é tratado como amigo e os proprietários estão sempre por perto, dando atenção, tornando a sua estadia ainda mais aconchegante.
Os raios de sol no final do dia jogam estes coloridos nos picos |
Skiin, ski out é tudo de bom. Sair do lobby de seu hotel com as botas de esqui nos pés é o sonho de qualquer esquiador. Ser o primeiro a deslizar pelas pistas porque nenhum outro esquiador chegou também é um privilégio reservado a pouca gente. Mas, nem é tão difícil, basta escolher o hotel certo. Como o Piz Seteur, que descobri há alguns anos atrás, numa pequena nota numa revista de turismo. Este rifugio é na verdade um pequeno hotel-butique de luxo, empoleirado a 2064 metros de altitude , ao pé do pico mais iconizado das Dolomitas - o Sassolungo. A vantagem de se hospedar neste encantador chalé alpino de apenas 9 sofisticadas suítes (todas com vista sobre a deslumbrante cadeia de montanhas) é ser o primeiro a "abrir" as pistas, antes do restante dos esquiadores que sobem de Selva e outros vilarejos. E´ que para chegar até o hotel, só mesmo esquiando ou...de snowmobile. O serviço é irrepreensível , você é tratado como amigo e os proprietários estão sempre por perto, dando atenção, tornando a sua estadia ainda mais aconchegante.
uma das melhores suítes do Piz Seteur |
Hotel Piz Seteur : só se alcança de esqui ou snowmobile |
Porém, o vale é igualmente renomado pelo fenomenal circuito de Sella Ronda, um delicioso itinerário de 23 quilômetros, composto de pistas entrelaçadas e interligadas, espalhado através de esplêndidas cenários. Além de Selva, um dos pontos de partida, o Sella atravessa os vilarejos de Colfosco, Corvara, Arabba e Canazei. Este traçado pode ser percorrido em até menos de 6 horas, contando ainda com as paradas estratégicas: uma paradinha afim de admirar o panorama até onde a vista alcança, tomar um chocolate quente para acalentar o esqueleto, sentar numa atraente terrazza e almoçar uma wrust ou uma pasta, bebericar uma cerveja...Um clássico na história do esqui, o Sella pode ser desfrutado por 90% dos esquiadores e snowboardistas, porque, apesar de longo, ele é de uma facilidade incrível e muito versátil.
A atmosfera de Val Gardena é bem
familiar, perfeita para esportistas em busca de uma região low profile, privilegiada pela neve de dezembro a final de abril. A maioria
das pistas está situada entre 1500
a 2300
metros de altitude, e quem quiser pode esquiar o dia
inteiro sem jamais deslizar pela mesma pista duas vezes. O pequeno vilarejo de Selva, assim como os outros dois,
Ortisei e S.Cristina, que compõem o vale,tem apenas uma rua principal.
Não faltam, no entanto, vários aconchegos ostentando três e quatro estrelas, um comércio focado para turistas com antiquários e ateliês de artesões locais exibindo seus trabalhos de esculturas em madeira. Convivendo em harmonia com a calma que reina depois do pôr-do-sol, bierhouses borbulham animadamente durante o après-ski, e onde se entornam jarras de cerveja em cascata! Restaurantes que seguem a tendência gastronômica regional, servindo uma apetitosa fusion austro-italiana.
Não faltam butiques ostentando marcas de renome e lojas de roupas esportivas, especializadas em venda e aluguel de equipamentos.
Não faltam, no entanto, vários aconchegos ostentando três e quatro estrelas, um comércio focado para turistas com antiquários e ateliês de artesões locais exibindo seus trabalhos de esculturas em madeira. Convivendo em harmonia com a calma que reina depois do pôr-do-sol, bierhouses borbulham animadamente durante o après-ski, e onde se entornam jarras de cerveja em cascata! Restaurantes que seguem a tendência gastronômica regional, servindo uma apetitosa fusion austro-italiana.
Não faltam butiques ostentando marcas de renome e lojas de roupas esportivas, especializadas em venda e aluguel de equipamentos.
Um detalhe peculiar , é que apesar
de Val Gardena hastear a bandeira da
Itália e muito embora os uniformes da equipe de instrutores da Top Scuola de Sci ( escola de esqui) sejam assinados por Giorgio Armani, o idioma oficial é... alemão. A língua de Strauss
se deve ao fato da região ter pertencido à Áustria durante longos anos. Mas, é claro que todo mundo também fala
italiano. Não bastasse a dualidade linguística,
existe o dialeto local, o ladino, que resistiu a todas as influências e
persiste até hoje na boca do povo e nas escolas. Nem precisa dizer que não dá
nem para balbuciar uma palavra, é igualmente indecifrável para os italianos e os
austríacos e, é óbvio, para qualquer turista. Mas, é também por este quesito,
no meio de tantos outros, que esta charmosa região nevada conquista como recanto único
e exclusivo.
Perambular na rua principal de
Selva significa uma visita à delicatessen para comprar desde o funghi porcini ao suculento prosicutto e, como estamos na Itália, aproveitar
para dar um pulinho na gelateria. Nos
vilarejos de S. Cristina e Ortisei, poucos quilômetros abaixo, aproveite para visitar
ateliês e lojas de artesanato em madeira, sentar num café e pedir um chocolate
quente acompanhado daquela típica torta de maçã austríaca, conhecida como apple strudel, servida com creme
chantilly. Afinal, depois de queimar muitas calorias esquiando, você merece pecar
pela gula.
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prosciutto suculento |
Gastronomia na montanha |
Lembre de comprar o passe de
esqui na bilheteria da gôndola principal de Selva. Há várias opções e preços,
porém o mais aconselhável é investir no Dolomiti
Superski para explorar o espetacular carrossel de 1200 quilômetros
que permite a você usufruir de 460 lifts – ou seja, dá para passar pelo menos
uma semana sem deslizar duas vezes pela mesma pista .
Todos os rifugios oferecem comida boa, um menu bilíngüe e uma mistura de receitas
italianas com austríacas. No entanto, poucos
recebem os esquiadores com um cardápio altamente sofisticado. Uma salva de
palmas para o restaurante Comici,
por exemplo, que tem seu peixe e frutos do mar frescos enviados diariamente para
o pico da montanha – de helicóptero! Experimente um prato de massa com funghi porcini ou camarões, ou até mesmo uma
suculenta lagosta!
Tagliatelle com funghi porcini |
As pistas são longas, quase nunca há filas e pode passar o dia sem sequer repetir um percurso. Eu disse um dia? Exagerei...pode passar uma semana inteira que ainda assim não vai dar tempo de conhecer toda a região.
Nos rifúgios, as pessoas descansam, comem e relaxam. Mutos deles oferecem acomodação . |
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