sábado, 2 de abril de 2016

Art´Otel, Budapeste , Hungria



Acordar com esse nascer do sol e o skyline do Parlamento de Budapeste...o resto é Mastercard!

Na capital da Hungria, a  estação da primavera, com imprevistos meteorológicos e caprichos da natureza,  pode surpreender  os amantes do Danúbio, rio cantado  em verso e prosa e que tanto enfeita a cidade. 
O Danúbio invade a pista em alguns trechos durante a primavera




Frequento Budapeste - hoje a 25ª  cidade mais visitada do mundo - desde 1976. Minha família vem todinha deste belo país do leste europeu, e sempre tive muita história pra desvendar. A cada vez que eu fui, seja jovem, adulta, acompanhada ou só, descobri uma cidade diferente. Me hospedei em diversos hotéis, daqueles famosos hotéis-spa em Buda aos modernosos de Pest, alguns ótimos, outros medíocres. 

Porém, foi sob os auspícios de parentes que aprendi a gostar desta cidade. A pé, de tram, de carro, zanzei por Budapeste e consegui explorar muitos cantos que fugiam dos holofotes dos turistas. O que mata é o idioma, incompreensível para a maioria dos mortais. Eu inclusive.

Vista da cidade desde as fortificações do castelo de Buda

Um dos hotéis que curti bastante, tanto no ambiente quanto na comida, mas principalmente pela vista estupenda , foi o Art´Otel, estrategicamente localizado em Buda, que ( há controvérsia) é considerada como a parte mais nobre da cidade em comparação com Peste - eram duas cidades distintas que só se fundiram no final do século 19. A primeira atrai aqueles turistas que adoram perambular pelas ruelas medievais, fazer compras na feirinha de artesanato,  visitar o castelo de Buda e apreciar a vista deslumbrante sobre o rio e Peste. Já eu fiquei babando a vista da minha suíte, que se debruçava sobre o Danúbio e o Parlamento,

Lá em Peste, nunca deixei de passar no Mercado Central, por exemplo, para fazer um estoque de salaminho, uma iguaria que reputo como ( disparado!) o melhor do planeta. Mas, pode ser sentimentalismo, muito embora qualquer um consegue ficar doido nesse mercadão cheio de frutas, doces e frios. 



tradicional endereço gastronomico



E falando em guloseimas, a Gerbeaud, famosa pâtisserie da cidade , é reduto de turista sim, mas você não pode deixar de sentar lá, o ambiente "velho mundo" é contagiante. Senta lá,  nem que seja pelas cortinas...que obviamente não são pra comer, então aproveite e peça um docinho húngaro, tipo um mil folhas...Sem arrependimento.

o salaminho húngaro:  não tem pra ninguém...

Uma das entradas do Mercado Central

Se não me falha a memória, aos domingos de manhã, em toda a extensão do Chain Bridge, uma das pontes mais movimentadas  da capital, tem uma feirinha ao ar livre. Lá comprei um recipiente para mel que uso diariamente. Também fotografei as balas e jujubas mais coloridas que já vi. De tão lindas nem dava vontade de comer.

Numa ocasião, fui (finalmente) experimentar um daqueles banhos públicos. Já começou a experiência com uma massagem de 10 minutos de arrancar o couro, pra depois entrar numa sauna e só então se molhar na piscina gigantesca onde todo mundo faz de tudo menos nadar - jogam cartas, conversam em grupo, parece uma festa, só que tá todo mundo de roupa de banho. 

o famoso Chain Bridge com Buda e o seu castelo atrás


Buda e Pest divididas pelo Danúbio: repare como as águas estão acima do nível!

Budapeste consegue ser cheia de graça até mesmo debaixo d´água. Explico: quando há muita chuva no interior do país, o Danúbio transborda em diversos pontos cruciais de Budapeste, modificando as imagens clássicas dos cartões postais e principalmente modificando a rotina do trânsito nas duas margens.

Danúbio invade a pista de carros

 Em alguns trechos, como em frente ao Parlamento, impede  até a passagem de automóveis e bondes. Em Buda, os barcos ficam bem rente ao asfalto, causando um efeito curioso. Mas, o melhor de tudo  é que mesmo nestas circunstâncias,  tanto Buda quanto Peste  continuam lindas e cheias de encantos.

Os habitantes - e os turistas também - não se inibem diante dos empecilhos formados pelas águas . Apenas os pequenos navios de passageiros que transitam entre Budapeste e algumas cidadezinhas turísticas deixam de zarpar, alegando falta de segurança. Uma pena....

docinhos coloridos na feira 


Mas, enquanto as águas não baixam, dá para se divertir à vontade num dos destinos mais cobiçados da Europa  - lembrando que em Budapeste tem cassinos (eu não sou de jogar, mas uma vez acabei fazendo uma fézinha e saí com 20 dólares a mais no bolso !) , boa gastronomia e,  ressaltando uma característica típica ,  tem a  mega hospitalidade húngara  (mesmo se nem todo mundo fala inglês). 

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Eu também gostei muito da cidade. Agora com as suas dicas, fiquei com muita vontade de voltar.
    Dida

    ResponderExcluir