Transilvânia, histórica, misteriosa e cativante |
Antes de mais nada, estamos na Transilvânia , para quem não sabe, uma região da Romênia, terra ainda pouco explorada, cheia de mitos e ursos, repleta de mistérios, e dona de um magnetismo incrível. Ali, percorremos uma centena de quilômetros - não nessa charrete ( meio de transporte muito utilizado ainda pela população), mas a pé e uma vez ou outra, de mountain bike... País de contrastes, eclético e cheio de anacronismos... E por isso mesmo cativante.
Gansos livres e soltos andando pelos vilarejos: cena comum |
mel no campo : diretamente do produtor ao consumidor |
Carroça puxada a cavalo, ainda um meio de transporte corriqueiro na região da Transilvânia |
Um castelo em cada esquina, um mais antigo que o outro, uma viagem no tempo. |
Algumas cenas são imperdíveis... |
Cenário bucólico, igrejinha de um vilarejo ao fundo. |
casa do Principe Charles, o jardim externo |
Mas, foi lá , mais precisamente num vilarejo chamado Valea Zalanului, onde até o urso perdeu o rumo, que dormimos na cama do Charles. Sim, o próprio, o Príncipe Charles, aquele da Inglaterra, filho da Rainha. Dormimos na cama dele na Transylvania, durante uma viagem que fizemos a pé e de bicicleta pelo país do Conde Drácula. Tem mito a dar com o pé naquele lindo país, o Drácula - o Conde - é um deles, pelo menos no que tange à sua semelhança com um morcego chupador de sangue - mais conhecido como vampiro. Porisso não acreditei muito quando li no programa que iríamos nos hospedar na casa da Sua Alteza Real, o Príncipe Charles. Desde que ele não estivesse por lá - ou por perto, é claro.
Casinha separada: lá fica a suíte do Príncipe, onde dormimos. |
portão de entrada: nenhum sinal, nenhum indício... |
Ok, vou explicar: o nosso Charles é apaixonado por plantas e, consequentemente, acabou se apaixonando pela Romênia, cuja flora ( e fauna também, vide os 55 mil ursos ainda rondando pelas florestas) é riquíssima. Uma coisa leva à outra, e o príncipe decidiu comprar uma casinha que pertencia a um barão húngaro, num vilarejo chamado Valea Zalanului ( não encorajo ninguém a procurar no mapa, bem capaz de nem constar, pois o minúsculo vilarejo deve ter uns 30 habitantes...).
A cama de Sua Alteza - mas o casaco e a mochila são nossos, tá? |
Na pousada do Charles, tem dois cavalos, charrete ( tem um programinha que leva você pra passear de carroça) , muito terreno pra percorrer numa caminhada, uma paisagem deslumbrante, e milhares de plantas para catalogar ( caso interesse...).
Reforma daqui, reforma dali, ele conseguiu transformar uma casinha típica e simples num cantinho charmoso, aconchegante, realmente fora de série. Não que ele precise de dinheiro, convenhamos, mas ele acha de bom tom abrir as portas desta "pousada" para hospedar turistas que pedalam, caminham ou percorrem de carro esta região que é estonteantemente magnífica. São apenas meia dúzia de quartos, todos diferentes, todos decorados com móveis típicos também.
um close da cama real, mas nem tão king assim... |
Variam de tamanho, os banheiros são modernos com todos os convenientes e as camas boas e macias, mas nem sempre muito king...desculpe o trocadilho. Mas, já que disseram que a Camila nunca foi trazida pra este lugar mágico ( não me pergunte porque...) Ela até que ia gostar de ficar sentada na espreguiçadeira no final da tarde, tomando uma xícara de Earl Grey..
A casa azul é onde fica a sala de estar, com lareira, e a sala de jantar. |
Nós ficamos na suíte do Charles. Isso mesmo. Taí a cama em que ele dorme ( sozinho) , a cadeira onde ele senta pra tomar o chá...Um show...Pode não ser tão estrelado como o palácio lá onde ele mora, mas garanto que ele curte muito mais esse cantinho privado, com toque pessoal, sem mordomo pra perturbar.Também vale anotar que ele só aparece uma vez por ano e fica, no máximo, uma semana, O que ele faz? Vai catar plantinhas....
A comida servida por uma cozinheira local também é boa, bem caseira e daquelas que enchem barriga. Não espere nada sofisticado ( não é pra isso que a gente deve ir pra Romênia) , mas tudo é saboroso e, sabe o que mais, com muita influência húngara. Afinal, estamos às margens da Hungria e naqueles vilarejos grande parte da população fala mesmo o idioma Magyar ( húngaro) . De um modo ou de outro, a gente não entende bulhufas mesmo, apenas sorrimos pra demonstrar o quanto curtimos o ambiente e toda a atmosfera real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário