Pode até
ser que a Rainha Vitória gostasse de se
banhar nas águas britanicamente gélidas que cercam a ilha de Wight. E, pode
acreditar, ainda há muita gente que não se intimida em mergulhar e praticar
esportes náuticos neste mar instável, cercado por imponentes falésias brancas.
A beleza da paisagem dramática da ilha de Wight |
Exótica e cheia de vestígios históricos, é o terreno perfeito para longas caminhadas e cenários de tirar o fôlego.
Então, se a sua praia é bater pernas, essa ilha é o lugar ideal, pois são nada
menos do que 805 quilômetros de trilhas demarcadas, a mais cênica ( e ousada)
sendo a Coastal Path, alinhavada ao longo de precipícios.
As pessoas caminham pela estrada panoramica, faça chuva ou sol. |
Vale a pena combater
a vertigem, porque a vista é dramaticamente linda, seja lá qual for o tempo - obviamente
imprevisível. Quem não quer encarar o itinerário a pé pode fazê-lo de carro, e ser
brindado com as mesmas sensações, basta escolher a Military Road ( estrada
militar) para começar a circundar Wight de oeste a leste.
Cena pitoresca e insólita |
E´ só seguir o fluxo
após desembarcar do ferry na minúscula vila medieval de Yarmouth, onde uma
marina abriga iates e veleiros. Siga a sua intuição, mas agende paradas na bela
baia de Freshwater, na parte antiga de Shanklin e nos vilarejos de Cowes e East
Cowes, interligados por uma ponte flutuante sui
generis, que data de 1859. O curioso é que como tudo é muito perto, raras
são as placas que indicam a distancia.
E, para se hospedar com classe num
ambiente de luxo discreto, escolha o boutique hotel Hillside, em Ventnor, ao
sul. Me surpreendeu logo pelo bom gosto da decoração com toque escandinavo, o telhado autêntico, a construção do século 18 impecável e bem mantida.
O nosso banheiro, assim como o próprio quarto, era bem pequeno, mas a vista sobre o mar consolava a falta de espaço. E, consegui dar uma bisbilhotada em outras acomodações, algumas bem maiores.
Hillside hotel : um boutique bed & breakfast com charme |
Uma das suítes amplas e confortáveis |
De cara, o dono se apresentou, bem afável, e me ofereceu uma xícara de chá. Depois, contou um pouco da vida dele e sondou a nossa. Coisa de gringo - ele é dinamarquês! - morando numa ilha e que - foi logo dizendo - nunca tinha hospedado brasileiros.
No jantar, fiquei bastante surpreendida com a qualidade da comida e a apresentação. O mesmo no café da manhã, realmente farto e bem servido. A esta altura, o dono já tinha virado BFF ( best friend forever) e já estava agendando uma visita ao Rio de Janeiro. " Pra fugir do tempo horrível deste lugar!"...
Ai, gente, nem tanto assim...De três dias, tivemos um de sol a pino!!!
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