segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Rancho do Buna, Atins, Maranhão


 
Atins: parado no tempo e porta de entrada dos Lençóis Maranhenses
Atins é um dos vilarejos mais genuínos do Maranhão, daqueles que a gente nem imagina que ainda possam existir em pleno século 21. Simplesmente, você tem a impressão que o tempo parou.



 As ruas ( se é que você pode chamar de ruas) são de areia, carro só mesmo com tração nas 4 e olhe lá! Muitos veículos afundam e ficam atolados e é preciso empurrar.

Neste lugar mágico, moram apenas 2 mil habitantes e a maioria vive da pesca. A qualquer hora do dia, você vê homens, mulheres e crianças sentadas em  cadeiras ou deitadas em rede, na frente de suas moradas, observando as horas passarem.

As casinhas simples e coloridas lembram uma pintura primitiva, principalmente quando alguns moleques passam pela gente, montados no lombo de jegues.




Aliás, este meio de transporte é muito comum naquela região do nordeste, onde os charmosos quadrúpedes valem nada mais do que... R$ 1. Sem brincadeira. 

Mesmo isolados do resto do mundo, sem vestígio de turismo algum, o povo local não é reticente diante de forasteiros, e observa tudo discretamente. Mas, diante da lente, alguns se acanham, outros acham graça.

Mônica Gorgulho, uma paulistana radicada há três anos em Atins, é a dona da rústica e charmosa pousada Rancho do Buna,  onde passamos uma noite. 

Pousada Rancho do Buna, muito carisma e hospitalidade garantida

No amplo jardim, ela e o marido Buna adotaram, além de uma filosofia zen, dezenas de gatos e cachorros vira latas e fazem questão de hospedar gratuitamente qualquer dentista, médico ou veterinário que se proponha a prestar a sua colaboração à saúde dos moradores... e, é claro, a dos animais da comunidade.

No final do dia, o programa é subir na caçamba de um toyota para chegar até a duna em Ponta do Mangue e assistir a um incrível pôr-do-sol. Em tempo: faz parte da cultura regional o culto aos últimos raios que deslizam lentamente no horizonte.


 De preferencia, turista que se preza e quer fazer bonito bate palmas quando termina o espetáculo oferecido pela natureza. Em seguida, o dia acaba com o jantar num restaurante local, entre a Ponta do Mangue e o vilarejo. 


 
Por do sol que merece aplausos


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