quinta-feira, 31 de março de 2016

Hotel Village Natureza Dunas Resort, Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, Brasil

Uma das vistas mais impressionantes do mundo: o amanhecer em Tibau do Sul

Desde que conheço a vila de Tibau do Sul, e bota anos nisso, quase nada mudou. Continua muito tranquila e discreta. As suas extensas praias com boas ondas, cercadas por imponentes falésias, costumam permanecer quase sempre desertas. Não é à toa que este trecho potiguar, a 77 quilômetros de Natal, é considerado  um dos mais preservados do litoral nordestino.  Como "rato de nordeste ", confessa, posso afirmar que este é um dos lugares mais deslumbrantes que conheço. 


Dá para percorrer toda esta paisagem pelas praias, de bugue...

Emoldurado por falésias, Tibau está a pouco mais de uma hora de carro da capital do Rio Grande do Norte e nada mais é do que uma vila encravada entre o mar e a lagoa de Guaraíras. O ritmo é pacato e sem vida noturna, ao contrário da vizinha Pipa, que fica a apenas 8 quilômetros de distancia.  Curiosamente, esta atmosfera pouco se altera, até mesmo ( pasme!) no Carnaval. 

Cansei de passar Reveillon lá, e depois da meia-noite descia todo mundo para a praia jogar uma flor pra Iemanjá...E, olha que incrível, só tinha a gente molhando os pés! Quem estava afim de agito tinha se mandado pra vizinha Pipa! 




Uma praia para chamar de sua

No fundo,  Tibau é o lugar ideal para os aficionados dos esportes náuticos como surfe,  SUP, kite surfe, caiaque e aventuras ao ar livre como passeios de barco e longas caminhadas.


Pescadores na lagoa

E falando em passeio, que ninguém é de ficar de papo pro ar, vale a pena alugar um barqueiro lá no pier para ir almoçar no restaurante do Momo, lá num povoado do outro lado do mangue , chamado Senador Georgino Avelino. 



Mas, é só dizer ao barqueiro que você quer ir no Momo que todo mundo conhece. Mas, não deixe de reservar, principalmente se for final de semana. Anota aí: 0xx84 9158 2343.  Além da comida ser fantástica - do arroz com feijão à famosa cocada de D. Lucia, passando por um camarão ao curry que você só vai comer ali, neste gastro-caipira- pé-na-areia !
Peixinho frito na manteiga, no restaurante do Momo





 E também para quem prefere não compartilhar a praia e a paisagem com nenhum estranho. No entanto, é fácil ouvir um linguajar estranho quando se cruza com algum turista na praia: são os estrangeiros, principalmente europeus, que afluem para usufruir das oportunidades oferecidas pela própria natureza: vento constante, mar manso com piscinas naturais, ondas seguras. 


Golfinhos também são as atrações constantes na Ponta do Madeiro, uma praia também conhecida como praia do Canto. Os banhistas costumam  curtir o local para observar e também nadar literalmente ao lado destes afáveis mamíferos, que estão sempre atarefados encurralando os cardumes de tainhas até  as pontas rochosas, ao pé da falésia. 


 Na maré baixa, dá pra ir andando até lá, são pouco mais de 3 quilometros, uma horinha cravada e perfeita pra queimar banhas e calorias. Uma caminhada, aliás, obrigatória ! E´ um dos trechos mais lindos da região. No caminho você ainda fica vendo os  parapentistas pulando do alto de uma falésia... Emoção garantida. 


A prática de esportes radicais é comum em Tibau e nos arredores


As melhores pousadas são aquelas localizadas ao longo da estrada para Pipa, e todas se debruçam sobre o mar . E´ o caso do Village Natureza Dunas Resort, cuja localização privilegiada  dá acesso direto à praia de Cacimbinha.

 Os melhores quartos são os luxo e superluxo, e ficam encravados por cima de uma falésia. A vista é sobre o horizonte azul, mas pra ver a praia e o mar é preciso chegar mais na beira. E lá do alto, depois de atravessar um belo gramadão, você enxerga toda a magia deste cenário único. Uma das vezes que fui a Tibau, estive hospedada  no Village, foi para festejar o aniversário de meu marido, em abril. Eu já tinha ficado no Natureza da praia do Madeiro e me convenceram a ficar no de Tibau, pra experimentar.
A tranquilidade do povoado de Tibau

Suites  com privacidade e luxo no Village Natureza


 De fato, as suítes são amplas, cada uma com sua varandinha , a rede de sempre  e muita privacidade. A vista é para um horizonte infinito. Na sede da pousada, tem piscina, restaurante e áreas de lazer. Mas se puder escolher, fique numa destas da foto, que são separadas e bem mais romanticas. Além disso, vai ficar boquiaberto com a exuberancia da paisagem, acredito que deve ser uma das mais lindas de todo o Brasil. Principalmente porque lá na Cacimbinha, diferentemente da Praia do Madeiro,  a praia é só sua mesmo! Confere...


Praia da Cacimbinha, da pousada se chega diretamente, descendo por uma escada. A privacidade tem cem degraus!



segunda-feira, 28 de março de 2016

Tántalo Hotel, Casco Viejo, Panama City, Panamá



Vista panoramica da Cidade do Panamá com o Casco Viejo à direita


Esse hotelzinho eco-chique é daqueles que se alguém do ramo não tivesse me dado a dica, eu jamais teria descoberto. Porque só de olhar a fachada você não entra ou até dá meia volta...Puro engano! Botou o pé lá dentro e é surpresa atrás de surpresa. Eu queria visitar cada suíte. A sorte que como éramos muitos, também ocupamos 5 suítes incríveis, ou seja, quase metade do Tántalo. E´,  Tántalo...Nome esquisito, né? Pois é, mas pode acreditar e se hospedar sem pestanejar, eu com certeza voltarei ! 
Charme renovado no Casco Viejo

A cidade do Panamá é famosa pelo canal que leva seu nome. Há alguns anos atrás, passei um dia inteiro esperando a conexão de volta para o Brasil ...Rodando a cidade inteira, canal do Panamá e  Casco Viejo inclusive, que naquela época nem estava sendo  muito mexido. Só mesmo quando o governador da Província resolveu se mudar de mala e cuia pra este bairro histórico é que as coisas começaram a mudar e engrenaram a renovação. Boa ideia, essa, desse governador, não é??? Pontapé inicial louvável.


 Uma coisa é certa:  os turistas que visitam este pequeno país se surpreendem pelo ritmo frenético do desenvolvimento, e ficam impressionados com a mudança que ocorreu na capital durante a última década e meia.  Além das megas edificações - algumas lembram até alguns arranha-céus de Dubai ! -  é mesmo no bairro de Casco Antiguo que estes mesmos visitantes vão curtir a atmosfera dos tempos coloniais.

Como eu disse, este reduto de construções charmosas passou por uma reforma arquitetônica minuciosa, recuperando os charmosos sobrados centenários com esmero.  O policiamento ostensivo chama a atenção, mas é que agora tem autoridade morando ali, bem no burburinho, praticamente ao lado do Tantalo. O  governador mora bem defronte ao mar, num imponente palácio.

igreja em Casco Viejo


Artesanato nas ruelas da cidade antiga



 Dito isso, é tranquilo perambular pelas ruelas estreitas com total segurança, a qualquer hora do dia ou da noite. Ainda há muitos vestígios de pobreza , mas o glamour dos novos restaurantes , bares, cafés e pousadas  se mescla com harmonia ao que ainda resta do passado. Aproveite o ambiente festivo do bairro , que vai de segunda a segunda. 

Ah, se você for alérgico a barulheira, escolha uma das suítes viradas para os fundos, que são silenciosas. Mas, não deixe de jantar no hotel, que serve comidas deliciosas, petiscos e drinques bem descolados. A equipe é também muito atenciosa. Posso rotular o Tántalo de butique estilizado com excelente bar e  12 suítes deslumbrantes, ou exóticas, ou originais, cada qual decorada com individualidade. Prepare-se para ser surpreendido. 








domingo, 27 de março de 2016

Pousada Aldeia Beijupirá, Porto de Pedras, Alagoas, Brasil

Pescadores no fim do dia pescando na lagoa

Numa pequena faixa do litoral alagoano, na divisa de Alagoas com Pernambuco, existe um minúsculo município chamado Porto de Pedras, cercado de água por – quase – todos os lados: três quilômetros ao sul, fica o rio Tatuamunha; e, 5 quilômetros ao norte, o Manguaba; e, ao leste, a praia deserta e  a imensidão de um mar tranqüilo que desliza para cima e para baixo conforme os caprichos da maré.



 Para emoldurar este trecho paradisíaco, um denso coqueiral que se mexe ao sabor da brisa, presença tão constante nesta região quanto os pescadores que das águas tépidas ainda tiram o seu sustento.

Embora seja um vizinho muito próximo das comunidades de São Miguel dos Milagres e Japaratinga, Porto de Pedras é muito mais preservado graças às suas fronteiras naturais. Curiosamente, apesar de ter apenas 8 quilômetros de extensão, há vários nomes para os trechos de sua única praia: Laje, Gibaba, Tatuamunha e Pataxo. Nesta última se formam lindas piscinas naturais durante a maré baixa. Aliás, uma das características de Porto de Pedras é que tudo se decide ao ritmo das marés, ou seja, é conforme os caprichos da natureza que são agendados os programas turísticos. 

Entretanto, quem tem o privilégio de vir passar férias ou alguns dias de lazer neste oásis alagoano se adapta rapidamente a esta filosofia de vida e aprende a seguir um calendário totalmente diferente do resto da civilização. Caminhadas, cavalgadas, passeios de jangada e até as travessias de balsa são regidas pelas oscilações do mar. 
Cavalgada na praia, um programa bem relaxante



Porém, rapidamente descobre-se que o maior dilema do turista é justamente não saber o que escolher para melhor relaxar. Muitos não querem sequer sair da rede da varanda da sua charmosa maloca ou da espreguiçadeira à beira da piscina. Uma das mordomias da pousada Aldeia Beijupirá é não estabelecer horário para o café da manhã! Ou seja, só a idéia de acordar na hora em que bem entender já faz parte do luxo. 




Aliás, esta refeição pode assumir uma importância gastronômica da maior qualidade: um farto cardápio com direito a frutas frescas, bijú,(especialidade nordestina à base de mandioca frita), panquecas, pão de queijo, pasteis de Belém, pão caseiro e até iguarias como ovo de codorna estrelado com bacon – eventualmente, se por ventura não saciar o voraz apetite matinal, pelo menos agrada aos que se deleitam com os olhos ao invés do paladar! 
Uma rede com vista na varanda da pousada 


 No verão o calor nunca chega a sufocar, pois há sempre uma leve brisa soprando. Nos meses de inverno, nunca faz frio. E, embora possa começar a chover do nada, como se alguma nuvem tivesse estacionado naquelas bandas por alguns minutos, vai se tratar de uma pancada, aquela chuva grossa que lava da alma ao jardim. 




catado de carne de sirí, uma especialidade da reputada cozinha do Beijupirá

Nem é preciso ficar pessimista: em questão de minutos, o sol reaparece no céu despojado e azul.  Uma coisa é garantida: após os dois primeiros dias em Porto de Pedras, rebobina-se a energia ao ritmo do espírito nordestino e fica-se imbuído do tal ico aré – que na língua tupi –guarani significa não fazer nada e traduz ao pé da letra a filosofia local. Difícil? Pois experimente. 

quinta-feira, 24 de março de 2016

The Spire Hotel, Queenstown, Nova Zelandia

Queenstown : adrenalina pouca é bobagem!


 Queenstown, pequena cidade localizada na ponta da ilha sul da Nova Zelândia, é hoje considerada como a Capital da Aventura do Mundo. 
Emocionante passeio de jet boat, que desliza a mais de 60 km/h por cima do rio

Não é à toa: você chegou na Meca das diversões radicais na água e no ar. Começando pelo reputado bungy jump, cujo berço é ali mesmo,  passando pelas estrepolias dos velozes barcos a jato ( os jet-boats) , o rafting nas corredeiras dos rio Shotover e Kawarau e muito mais. 

 Fica difícil enumerar todas as atividades possíveis, mas basta dizer que em Queenstown o mais difícil mesmo é manter os dois pés em terra firme.


O leque de aventuras vai do “mild ao wild” ( suave ao selvagem), como dizem os kiwis. Só que o barato de Queenstown ( que, mais precisamente, não deixa nada barato!) é que dá para permanecer como mero espectador ao invés de ser um ativo participante da maratona de aventuras que são estampadas nos cartazes de cada esquina em todas as vitrines do comércio e das operadoras de turismo. Não deixe de aproveitar as ofertas dos combos - que nem lanche, só que ao invés de comida, são atividades e programas conjugadas.

Bungy jump: só para os corajosos



E para quem não tem nervos de aço, dá para pegar leve: pode ir fazer uma caminhada pelos morros para se deliciar com a paisagem, embarcar numa excursão para conhecer as cidades vizinhas de Arrowtown e Glenorchy, ou até fazer um tour gastronômico pelas vinícolas da região. Outros programas inofensivos é alugar uma bicicleta e sair pedalando em volta do lago, jogar minigolfe , apreciar o pôr-do-sol a bordo de uma pequena embarcação que zarpa do cais a cada final de tarde. Mais arriscado é ir gastar os seus dólares neozelandeses em um dos dois cassinos da cidade. Mas este último programinha é ideal mesmo para um dia de chuva.

Suite ampla e confortável do The Spire Hotel, butique chique e discreto

Abriu há pouco o hotel The Spire, escondidinho numa rua transversal a cem passos do waterfront que é o point mais badalado de Queenstown e a passos largos do miolinho da cidade. Melhor localização, impossível. Pra completar, silencioso. Chiquérrimo, tem só 10 suítes, e é discretíssimo. Estilo butique, charmoso, ficamos numa das acomodações gigantescas - daquelas em que você mal quer sair do quarto porque é cheio de detalhes, de mimos, tem tudo...Fiquei muito bem impressionada com esta descoberta, me senti acolhida pela equipe bonita e sorridente. Fora que o café da manhã é de chorar de bom. 

Desde a primeira vez que passei uns dias em Queenstown , isso há mais de 20 anos atrás, fiquei surpresa como é que uma minúscula cidade, com pouco mais de 1,5 km quadrado de área, encravada na beira do lago Wakatipu na ponta da ilha sul de um país tão pequeno, se tornou alvo de tanto fluxo turístico.  


Isso porque lá é como uma Disney mesmo,  dá para se divertir todos os meses do ano, tanto no inverno quanto no verão. E´um parque de diversão para nem gente grande botar defeito. Porém, nem é tão adequada para os muito pequenos, pois a grande maioria dos “brinquedos”, que  são de verdade, fica ao ar livre e quase sempre acima de 100 metros de altura. Na terra de kiwi, não tem faz-de-conta. 


Então, caso tenha disposição e sobretudo inclinação para curtir emoções fortes e sentir as pernas bambas devido à adrenalina circulando em todo o corpo, então é hora de fazer as malas rumo a esta pequena cidade de pouco mais de 16 mil habitantes que recebe nada menos do que 1,3 milhão de visitantes por ano. 

centrinho pedestre de Queenstown


E como a cidade tem três ruas principais e um centrinho que é um ovo, os turistas acabam se reconhecendo e tem sempre alguém perguntando qual foi a sua última peripécia. Fez bungy jump ? Pulou de paraquedas? Fez o safári no rio ?  Mas não pega mal responder que não fez nada além de boas compras no Mall, comeu super bem em um dos incontáveis restaurantes , foi a um pub ou a uma discoteca, tentou a sorte em um dos cassinos que abrem desde o meio-dia, pescou no cais ou ficou sentado no banco às margens do lago só para assistir às manobras excêntricas dos jet-boats e observar o vai-e-vem das pessoas.

Waterfront, onde todo mundo circula, relaxa, passeia, observa o vai-e-vem...





segunda-feira, 21 de março de 2016

Peter Island, Ilhas Virgens Britanicas, Caribe

Exclusividade em todos os sentidos, Peter Island é um reduto para poucos no Caribe
Uma viagem ao Caribe, não importa para que ilhas ou em que época do ano, é sempre uma viagem bonita e bem vinda. Só resta mesmo  evitar ir para esta região entre final de agosto e início de outubro para não se meter literalmente no olho de um previsível furacão. Ainda assim, esta intempérie é localizada e, felizmente, às vezes passa ao largo.


Também pouco importa a duração da viagem – ela pode estar prevista para durar quatro dias, uma semana, duas ou até mais.... Porque, verdade seja dita, você começa a curti-la ( na sua cabeça) e organizá-la ( na prática)  muito antes de se instalar confortavelmente na poltrona do avião.  E principalmente para quem gosta de programar as coisas com antecedência, isso pode ser traduzido em semanas ou meses. E o destino pode se traduzir em apenas uma ilha, particular - como é esse o caso aqui.

Peter Island é uma ilha-resort que esbanja luxo e onde a privacidade é levada ao extremo. Primeiro, porque o privilégio se estende a poucos - somente 100 hóspedes espalhados por 52 acomodações, villas para alugar com 3, 4 ou 6 quartos cujo preço pode alcançar até 18 mil dólares por dia... 

Piscina ampla e bem harmonizada com o ambiente

Enfim, apenas um punhado de felizardos são contemplados para desfrutarem  das 5 praias particulares, piscina,  um spa de responsa, quadras de tênis, dois restaurantes e uma área gigante. Peter Island é a maior ilha particular da região.


A ampla suíte para chamar de minha era pé-na-areia, de frente para a praia principal chamada de Deadman.

 



A decoração tem toques sofisticados, a vidraça do banheiro se debruça para o mar e há toalhas suficientes para secar um elefante. E´ só sair pela varanda e caminhar dez minutos até o restaurante do mesmo nome. Num ambiente descontraído, servem almoço e jantar e a comida é refinada, a base de frutos do mar. 
Suíte com privacidade total e pé-na-areia

Em tese,  ambos restaurantes do resort, tanto este como o sofisticado Tradewinds, que só abre para o jantar e café da manhã,  são reservados só para os hóspedes, mas, na prática, os velejadores podem fazer reservas, desde que fiquem atracados no ancoradouro destinado aos visitantes ou fundeados a proximidade.


Mesmo sem estar em lua de mel, numa viagem romântica ou celebrando alguma data festiva com família e prole - alguns dos perfis da clientela de Peter Island - não é preciso imaginação para passar o tempo em Peter Island.  Comece o dia com um supremo café da manhã na beira da piscina e depois nada mais ecológico do que aproveitar um belo jardim como cenário para desenferrujar os músculos com aulas grátis de pilates ou yoga. 


Ao ar livre, com as ondas quebrando a poucos metros e uma leve brisa sussurrando através das folhas dos coqueiros, a sensação é extremamente relaxante. Prossiga com algumas horas de praia, almoço e siesta em sua própria rede...Em seguida, o leque de tratamentos do spa é capaz de consumir um bom final de tarde, até chegar a hora do jantar al fresco. Outra atividade, para quem transborda de energia, é percorrer o loop, um circuito  de cerca de 7,5 quilômetros,  a pé.    Tarefa árdua, que exige disposição, mas o esforço é recompensado por um visual de 360º , capaz de tirar o fôlego - mais até do que as ladeiras íngremes.
Aulas de pilates , cortesia, são realizadas de frente para esta praia deserta

Mas, se você, como eu, só tem pouco tempo para se inteirar de tudo, não deixe de passar algumas horas na sua cabaninha exclusiva na  White Bay beach. Explico: esta é a segunda praia mais privada da ilha, ou seja, não dá para você simplesmente ir para lá, esticar a sua canga na areia e ficar lagartixando entre um mergulho e outro. Embora consiga chegar andando nesta idílica praia, simplesmente não é permitido. E´ preciso seguir todo um procedimento: na véspera, passe na recepção e reserve o seu espaço, preencha uma ficha com a escolha do almoço e marque a hora em que deseja chegar e ser buscado. Apenas 12 pessoas por dia são contempladas para frequentar esta baia abrigada, onde foram construídas 6 cabanas, cada qual com duas espreguiçadeiras, uma mesinha e duas cadeiras. 
uma cabaninha só sua numa praia mega exclusiva

Chegando lá, você é designado a uma delas, e não dá para ver o seu vizinho. A praia deve medir, aproximadamente, 500 metros. Ainda tem um bar em uma das extremidades, afim de atender a quem precisar de reforço. Em torno de uma da tarde, um funcionário aparece com o almoço - numa caixa de isopor. De dentro dela, ele coloca na mesa frutas, saladas,o sanduíche e as bebidas de sua escolha, biscoitos e salgadinhos. Um luxo...na maior privacidade! Ah, eu disse que era a segunda praia mais privativa? Sim, tem outra, a Honeymoon, onde só pode ir um casal por dia! 


Mais uma dica: no finalzinho do dia, aproveite para admirar o pôr do sol do alto do morro, onde você se depara com um comboio de cadeiras multicoloridas em formato de meia lua, destinadas a acolher os espectadores num máximo conforto, enquanto a Mãe natureza faz a sua parte. São os pequenos detalhes que surpreendem o hóspede e tornam Peter Island uma caixinha de Pandorra. Deve ser por isso que um resort tão estrelado pode se dar ao luxo de não colocar uma televisão nas suítes.


Admirar o pôr-do-sol é um privilégio de todos