sábado, 12 de março de 2016

Orixás Art Hotel, Flecheiras, Ceará, Brasil

 
Por-do-sol em Flexeiras, um espetáculo compartilhado com a sombra das jangadas



Jangadas a rodo, onde a vista alcança

Dizem que um dia elas vão desaparecer, mas é difícil acreditar: as jangadas que adornam todo o litoral cearense são o cartão postal mais clicado do estado. Sem a presença delas, alinhadas lado a lado nas largas faixas de areia, as praias de lá ficariam parecidas com muitas outras praias brasileiras. E até porque qualquer pescador nativo que se preze continua a utilizar estas embarcações rudimentares como o seu meio de sustento. 


A pesca artesanal faz parte da tradição - uma herança irrefutável, que vem lá do passado.
De manhãzinha, as primeiras rajadas de vento forte começam a trazer de volta as jangadas que retornam de suas longas jornadas com isopores abarrotados de beijupirás, camurupins,  guaiúbas e, muitas vezes, lagostas –  a iguaria mais reputada ( e disputada) das redes de pesca do Ceará. 

Todos os demais pescadores, sempre à espreita mesmo quando estão em terra firme, correm para ajudar a retirar a pequena embarcação de dentro d´água para empurrá-la até uma altura onde a maré alta não pode alcançá-la. 

Esta ajuda é um ritual de reciprocidade, que vai acontecendo ao longo do dia, todos os dias, faça sol ou chuva. Chuva? Bem, pelo menos em Flecheiras, minúscula vila situada a apenas 140 quilômetros de Fortaleza, é comum cair uma tromba d´água durante a noite. Mas, mas no dia seguinte, pode ter certeza que o céu vai se revelar de um azul índigo e o sol estalando de quente.


 O desafio vai ser sacudir a inércia e tonificar as pernas em longas caminhadas na beirinha do mar, e se refrescar de tempo em tempo. Aliás, o mar é tão convidativo que dá vontade de ficar em banho-maria na água morna das piscinas naturais, formadas na maré baixa. 


Longas caminhadas na areia é o programa ideal

E, como se isso não bastasse para acabar de vez com a vontade de voltar para a civilização moderna, de quebra tem um pôr-do-sol monumental para mexer todas as tardes com as suas emoções. Ainda mais que da maioria das suítes do Orixás Art Hotel, um eco-sofisticado projeto arquitetônico enraizado de frente para o mar, os hóspedes podem admirar este espetáculo na maior privacidade, sem mesmo se dar ao trabalho de sair de dentro de sua piscina particular. 
uma das enormes suítes do Orixás

piscina do hotel e jardim florido com espreguiçadeiras convidativas

  Filiado à cadeia Roteiros de Charme, esta pousada conta com apenas 20 acomodações de imensas proporções – algumas chegam a ter mais de 230 metros quadrados! - extremamente confortáveis e todas com sua própria piscina. Além disso, o Orixás cativa a sua clientela pelas mordomias, ambiente acolhedor e  pelo atendimento dedicado de cada membro de sua equipe.


 Do restaurante onde sentamos para tomar o café da manhã ( um bufê divino, com direito a tapioquinha e todo estilo de ovos  preparados diante dos seus olhos) também se almoça e janta ao ritmo do vai-e-vem dos pescadores e das jangadas deslizando para cima e para baixo, parte integrante e inseparável deste cenário vertiginoso sobre o mar azul de fundo infinito.  


Vá, nem que seja  para aprender a identificar os peixes na rede dos pescadores, tomar caipirinha de cajú, caprichar no sotaque arrastado, passar horas cochilando na rede de sua suíte de 230 metros quadrados.

Pé -na-areia, o Orixás é uma pousada de alto luxo e aconchegante


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